MUSEUS E RESTAURNTES DO RECIFE

O CONTEÚDO DESTA PÁGINA FOI ESCRITO PELO JORNAL DIÁRIO DE PERNAMBUCO  E ESTÁ PUBLICADO NO LINK ABAIXO:

http://blogs.diariodepernambuco.com.br/turismonacopa/atracoes-turisticas/encontro-com-a-identidade-nordestina/
ENCONTRO COM A IDENTIDADE NORDESTINA

23 de maio de 2014  

 Atrações turísticas, Destaque

“O sertanejo é, antes de tudo, um forte”. A famosa frase do escritor Euclides da Cunha se refere a uma das faces do nordestino. A identidade de quem nasce em um dos nove estados que compõem a região é múltipla, apesar de ser muitas vezes associada, erroneamente, apenas à miséria, seca e fome. Quem visitar o Recife, uma das cidades-sede da Copa do Mundo, vai poder entender melhor tudo isso visitando alguns locais-chave. Para os interessados em conhecer melhor esse povo, o Pernambuco.com visitou estes lugares e indica aos turistas brasileiros e estrangeiros museus e restaurantes.

 Confira a lista:

Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Cais do Sertão

O novíssimo Museu Cais do Sertão oferece uma experiência para mexer com as emoções dos visitantes. Para isto, conta com muita tecnologia presente em várias instalações. O local inaugurado em abril deste ano e construído em pleno Porto do Recife apresenta no litoral a vida do sertanejo. E a trilha sonora é do cantor e compositor pernambucano Luiz Gonzaga.

O Rei do Baião está presente em todo o museu. Além de contar a história do artista, Gonzagão dá o tom da visita, ao cantar o cotidiano do Sertão ou a saudade dele. Para apresentar a região, o local oferece um passeio pela religiosidade, geografia, indumentária, criatividade, arte, música, dança, entre outros temas. Tudo devidamente montado em 2 mil m².

Para contar as histórias dos sertanejos, o museu recorre a grandes artistas, músicos e cineastas. É possível acompanhar filmes produzidos especialmente para o Cais, como os criados pelos diretores recifenses Marcelo Gomes e Kleber Mendonça Filho. O filme de Gomes, por exemplo, mostra um dia no Sertão projetado em uma tela de 180º. No entanto, o turista estrangeiro não podem aproveitar completamente os conteúdos, pois não há legendas disponíveis.

Em um grande vão, estão espalhadas diversas obras e instalações. O visitante pode entrar na casa de barro de um sertanejo, com direito a rádio de pilha tocando e fotos de uma família na parede. Em seguida, após passar por uma reprodução com água e tudo do Rio São Francisco, o mais importante da região, é possível entrar no Túnel do Capeta. Composto por espelhos e telas, o túnel xinga, literalmente, quem passar por lá. Só experimentando para entender.

No primeiro andar, o artista Derlon grafitou um grande mural bem ao seu estilo, como uma xilogravura. Por falar nesta técnica de pintura, ainda no térreo, o museu mostra várias matrizes de xilogravuras assinadas por J Borges. De volta ao primeiro andar, após passar por uma parede repleta de capas de discos de vinil de Luiz Gonzaga, o público pode tocar, ou tentar, alguns instrumentos musicais, como zabumba, triângulo e sanfona. O trio que tanto acompanhou a voz do Rei do Baião. E isso não é tudo. Tem que comparecer para crer.

Para os cadeirantes, o local oferece elevador e um vão amplo para percorrer. Os turistas estrangeiros contam com mediadores fluentes em inglês e espanhol. No entanto, não há profissionais fluentes em Língua Brasileira de Sinais (Libras). Para os cegos, o museu disponibiliza alguns painéis táteis, como o mapa do Rio São Francisco e uma reprodução de Luiz Gonzaga.

Serviço:
Endereço: Avenida Alfredo Lisboa, S/N – Bairro do Recife
Dias e horários de visitação: de terça a quinta, das 9h até as 18h. Sextas, das 9h até as 21h. Sábados e domingos, das 13h até as 19h
Agendamento para grupos: visitas guiadas de terça a sábado, das 9h às 12h e das 14h às 18h
Ingresso: R$ 8 (inteira) e R$ 4 (meia-entrada para estudantes e jovens até 24 anos). Entrada gratuita às terças
Telefone: (81) 4062-9594 // 3084-2074
Site: http://caisdosertao.com.br

Foto: Alcione Ferreira/DP/D.A Press

Paço do Frevo

O Paço do Frevo é um local para celebrar a alegria do nordestino. Inaugurado no último mês de fevereiro, o visitante pode sair de lá sabendo até dançar. No térreo do edifício da Praça do Arsenal, o passeio começa com uma linha do tempo do ritmo pernambucano. É possível saber quando as grandes e tradicionais agremiações foram fundadas, por exemplo.

No segundo andar, a exposição temporária, mas que estará disponível no período da Copa, “São José – Territórios do Frevo” oferece um passeio no bairro que é o berço de diversas agremiações. O espaço oferece vídeos com depoimentos e uma sala que reproduz parte do Pátio de São Pedro, um dos símbolos do bairro recifense.

Chegando ao terceiro andar, duas salas expõem vídeos sobre a dança e a música. De um lado, o visitante confere depoimentos de músicos como os maestros Spock e Forró e do compositor e do multiartista Antúlio Madureira, entre outros. Do outro lado, a dança é destrinchada por grandes nomes pernambucanos como o do cantor, ator, dançarino e tocador Antônio Nóbrega e o médico e ator Reinaldo de Oliveira. Os dois vídeos são acompanhados por legendas em inglês, que chega a ser engraçado pensar como o tradutor conseguiu se virar para dizer ao estrangeiro expressões populares e tão nordestinas.

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Ainda no terceiro andar, um grande salão expositivo repleto de estandartes de agremiações carnavalescas colocados no piso de vidro. Além disso, a área dispõe de um glossário do carnaval, onde tudo é bem explicadinho em português e inglês.

Para finalizar, o visitante aprende a dançar o Frevo. Bom, os educadores passistas ensinam e público sai cansado de tanto brincar. Além disso, os turistas contam com mediadores fluentes em inglês e espanhol. No entanto, não há conteúdos específicos para cegos e surdos, nem monitores fluentes em Libras.

Nas quintas, o Paço oferece um horário diferenciado de fechamento e com apresentações de agremiações. Uma boa oportunidade para viver ou reviver o carnaval. Para isto, basta chegar por lá às 18h30. A festa é encerrada às 21h. Já nas sextas, ao meio-dia, o visitante pode curtir a “hora do frevo instrumental”, com bandas tocando ao vido no café do local.

Serviço:
Endereço: Praça do Arsenal da Marinha, s.n – Bairro do Recife
Dias e horários de visitação: terças, quartas e sextas, das 9h às 18h; quintas, das 9h às 21h; sábados e domingos, das 12h às 19h
Agendamento para grupos: disponível
Ingresso: R$ 6 (inteira) e R$ 3 (meia). Meia entrada para estudantes e maiores de 60 anos mediante comprovação
Gratuidade: entrada franca todas as terças; crianças até 7 anos, estudantes da rede pública em visita pré-agendada com monitoria, professores da rede pública com até 4 acompanhantes, funcionários de museus e guias de turismo da Embratur
Telefone: (81) 3355-9500

Foto: Alcione Ferreira/DP/D.A Press

Museu do Homem do Nordeste

O Museu do Homem do Nordeste, fundado em 1979, celebra a identidade múltipla de quem nasce na região. É possível conhecer sobre a religiosidade, a música, o trabalho e os tempos dos grandes engenhos de açúcar, por exemplo. São heranças do índio, do europeu e do africano na formação do nordestino brasileiro.

O passeio começa com um vídeo sobre a cultura nordestina. O percurso segue pelos objetos da elite açucareira, desde um grande tacho para cozinhar a cana-de-açúcar, até instrumentos de ferro usados para torturar os escravos.

Um dos destaques é a área dedicada ao maracatu. Acompanhado por músicas, o visitante pode ver algumas peças da rainha mais famosa do ritmo, Maria Júlia do Nascimento, a Dona Santa. São acessórios como coroa, cetro e colares, além de um figurino completo. Tudo pertenceu à figura mais importante do Maracatu Elefante.

Na área da religiosidade, a matriz africana é apresentada por seus orixás. Além de uma descrição, o visitante pode ver objetos para celebrar estas entidades, que vão desde as oferendas, passando por louças pintadas e componentes dos vestuários.

Ao som de cânticos de súplica conhecidos como ladainha, o catolicismo é representado através de uma parede cheia de ex-votos de madeira, que são as representações de graças alcançadas em formatos como as de pernas, cabeças e corações, por exemplo.

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Outro destaque é a área do sertanejo, composta por painel de fotos, traje completo de vaqueiro e carroça. Tudo acompanhado pelo som do aboio, uma canção sem palavras usada pelos trabalhadores que têm a tarefa de tanger o gado.

As peças do museu são de autoria de desconhecidos e de grandes nomes, como o artista plástico recifense Vicente do Rêgo Monteiro, o fotógrafo são-lourencense Alcir Lacerda e do artesão caruaruense Mestre Vitalino.

Para os estrangeiros, a visita guiada está disponível em inglês e espanhol. No entanto, não há profissionais fluentes em Libras. O cadeirante conta com bom espaço para circulação, assim como as mães com bebês em carrinhos. Para os cegos, algumas peças estão disponíveis para ser tocadas. Agora, quem tem qualquer necessidade especial é preciso realizar o agendamento prévio.

Quem curte levar umas lembrancinhas conta com o Espaço Janete Costa. A loja dispõe de camisetas, colares, sandálias de couro, artigos para decoração, entre outros. O visitante deve levar dinheiro, pois o local não aceita cartões de crédito.

Serviço:

Endereço: Avenida 17 de Agosto, 2187 Casa Forte – Recife
Dias e horários de visitação: terça a sexta, das 8h30 às 17h30; sábados e domingos, das 13h às 17h; abre em alguns feriados
Agendamento para grupos: disponível a partir de 10 pessoas
Ingresso: gratuito temporariamente
Telefone: (81) 3073-6340
Email: museudohomemdonordeste@fundaj.gov.br

Gastronomia

Foto: Eduarda Bione/DP/D.A Press

Parraxaxá

O Parraxaxá é uma boa opção para aqueles que não abrem mão do conforto. Em dois endereços, o restaurante oferece um cardápio variado com pratos tradicionais como carne de sol, escondidinho de charque, paçoca, baião de dois, bode guisado, feijão verde, macaxeira frita e farofa matuta. Para sobremesa, os bolos de rolo e o Souza Leão, que foram agraciados com o título de patrimônio imaterial de Pernambuco, são imperdíveis.

Serviço:
Casa Forte
Endereço: Rua Igarassu, 40 – Recife
Horário de funcionamento:
Café da manhã – aos domingos a partir das 7h
Almoço e Jantar – diariamente das 11h30 às 22h
Telefone: (81) 3268-4169

Boa Viagem

Horário de funcionamento:
Almoço e jantar – diariamente das 11h30 às 23h
Endereço: Avenida Fernando Simões Barbosa (Beira Canal), 1200 – Recife
Telefone: (81) 3463 7874
Site: http://www.parraxaxa.com.br

Foto: Lucas Oliveira /Esp DP/D.A Press

Maria Maria

O Maria Maria é rústico e oferece aquele cardápio substancioso. O menu brinca com o nordestino. O prato Matuto na Praia tem opções de frutos do mar. Outra pedida é o Mercado da Madalena, que oferece cuscuz, carne de sol desfiada, queijo coalho, requeijão e manteiga de garrafa. Tem almoço e ceia. Para quem não dispensa um cuscuz, a casa dispõe de mais de 20 opões, doces e salgadas.

Serviço:
Endereço: Avenida Nossa Senhora de Fátima, 255, Jardim São Paulo – Recife
Horário de funcionamento: terça a domingo, das 11h30 às 14h30 e 17h às 22h30
Telefone: (81) 3249-1092 / 3035-0792

Foto: Inacio Melo/Esp.DP/D.A. Press

Bar da Fava

Mesmo levando fava no nome, o bar oferece um cardápio variado de pratos pernambucanos e nordestinos. Quem for ao local, poderá provar pratos e petiscos como galinha cabidela, moqueca, arrumadinho de charque, carne de sol e até queijo de coalho empanado servido com mel de engenho. Já a estrela da casa pode ser servida de formas variadas, acompanhada com carne de sol ou carne de sol de porco. Antes das refeições, o cliente pode saborear caldinhos diversos como de fava, feijão preto, marisco e peixe.

Serviço:
Horário de funcionamento: de segunda a domingo, das 11h às 18h
Endereço: Rua Padre Oliveira Rolim, 37, Pina – Recife
Telefone: (81) 3463.8998 / 3467.8780
Site: http://bardafava.com.br

Bar do Seu Luna

O cardápio do Bar do Seu Luna é daqueles bem enxutos. A grande atração é a buchada de bode, que pode ser servida com ou sem a cabeça do animal. Outra boa pedida é o sarapatel. Na hora da sobremesa, o local oferece doces e frutas da época.

Serviço:
Horário de funcionamento: quarta e quinta, das 11h às 16h; sexta a domingo, das 11h às 17h
Endereço: Avenida Saldanha Marinho, 645, Bairro do Ipsep – Recife
Telefone: (81) 3339-0012

Paulo Paiva/DP/D.A Press

Oficina do Sabor

Criatividade e sofisticação. Com estes pilares, a Oficina do Sabor, comandada pelo chef César Santos, oferece um cardápio bem pernambucano. O restaurante oferece em seu cardápio gratinado de macaxeira com charque, polvo ao molho picante, camarão com ervas nordestinas e peixe ao molho de maracujá. Um dos pratos mais pedidos do estabelecimento é o camarão na moranga, que para uns é conhecido como jerimum e para outros é a abóbora. Os terraços do local são uma atração à parte, pois de lá pode ser vista toda a beleza do Recife e de Olinda.

Serviço:
Endereço: Rua do Amparo, 335, Cidade Alta – Olinda
Telefone: (81) 3429.3331
Site: http://www.oficinadosabor.com